Todos nós, indubitavelmente, mantivemos algum
contato com a tabela periódica, ainda que muitos sem aptidão e predileção por
ela.
Do aprendizado, especialmente para os das
gerações de 1950 a 1970, restou, em memória caótica e lembranças
nubladas, o ordenamento sistemático dos elementos, na forma de
uma tabela, de acordo com as semelhanças de suas propriedades
físicas e químicas, características, tendências e comportamentos dos átomos e das
moléculas por eles formadas e das características extremamente reativas de uns
e da quase inércia de outros, bem como das propriedades de eletronegatividade,
raio iônico e energia de ionização.
Creio que este apanhado resumido permaneceu nos escaninhos
cerebrais da maioria dos mortais comuns que se decidiram por outros caminhos
que não os das ciências químicas.
Fora do contexto da própria tabela, quase nada restou,
especialmente se falarmos de uma possível articulação da química com a
biologia. Felizmente uma nova abordagem
interdisciplinar, mais interessante e dinâmica se estabeleceu, de modo a
permitir, na leitura dos elementos da tabela, a identificação daqueles que são vitais
para o organismo humano e suas funções metabólicas.
Até que circunstâncias da vida e do processo evolutivo
começassem, de forma prática, a tornar consciente a importância dos elementos
químicos na manutenção da saúde, satisfazia-me aquele conhecimento
cristalizado. A evolução é obrigatória, no entanto e, conseqüentemente, há de
ser buscada.
Dos atuais 118 componentes da tabela periódica, 24 deles, identificados
como organógenos ou bioelementos, são
essenciais ao equilíbrio do organismo humano. São eles o Alumínio,
o Arsênio, o Berilo, o Cálcio, o Cádmio, o Cloro, o Cobalto, o Cromo, o
Cobre, o Flúor, o Ferro, o Iodo, o Potássio, o Magnésio, o Manganês, o Molibdênio,
o Nitrogênio, o Sódio, o Fósforo, o Enxofre, o Selênio, o Silício,
o Vanádio e o Zinco.
Ainda que a maioria dos
118 elementos componentes da natureza não sejam encontrados em nosso corpo
físico, os 24 essências e mais alguns incorporados, fazem parte da composição
do planeta. Isto significa que se pegarmos um punhado de terra e uma porção do
nosso corpo físico, a porção estará contida no punhado.
Bem, mas o que isto
tem a ver com saúde?
A pergunta é tão
simples que, possível é, a tomemos por simplória, se não a considerarmos
agressiva à nossa capacidade intelectiva.
A resposta, no
entanto, não será encontrada em esmeradas argumentações catedráticas e sim na
consciência de que somos a natureza e que quanto mais nos afastamos e desconhecidos
dela nos tornamos, mais adoecidos ficamos e vivemos.